Eis o jardim de Klingsor e o Castelo do Santo Graal

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Em pleno dia de Pentecostes acompanhámos o autor e ensaísta Luis de Matos, editor chefe do Templar Globe, numa visita guiada ao Palácio da Pena em Sintra. Terminada a visita pudemos trocar algumas impressões e fazer a entrevista que reproduzimos de seguida.

Templar Globe (TG) – Luis, dia de Pentecostes e visita à Pena. Coincidência?

Luis de Matos (LM) – Diz-me tu.

TG – Falou-se muito das Lendas do Santo Graal. Será por isso?

LM – Não. E sim. Há uma relação entre a Demanda do Santo Graal e o Pentecostes. De facto, a versão da Vulgata inicia-se com a celebração do Pentecostes no reino de Artur, data em que tradicionalmente se lançava tavolado e se armavam cavaleiros. Nesse dias esperavam-se sempre milagres e maravilhas. E o romance começa precisamente com alguns acontecimento que maravilham todos e com a armação de Galaaz, filho de Lancelot. Mas não é por isso que escolhemos a Pena.

TG – Outros motivos?

LM – Sim. Como sabes os meus deveres profissionais afastam-me muitas vezes de Portugal. Sou director de uma empresa na área da Digital Media e Tecnologias da Informação e, embora viva há mais de 30 anos na zona de Sintra, estou mais ou menos entre 1/3 e 2/3 dos dias do ano longe de casa. Poder regressar aos lugares que formaram uma ideia que tenho do mundo – e Sintra é um deles – é um privilégio. Por isso fui desenvolvendo alguns hábitos que tento manter religiosamente. Entre eles está fazer uma espécie de Peregrinação a lugares especiais do nosso país, mais longe de Lisboa, lá pela pausa de Julho. Não sei porquê, mas um mês antes das grandes feiras de videojogos como o Gamescom onde tenho de ir, há sempre ali uma ou duas semanas mais livres. Mantenho o hábito de aproveitar para conhecer melhor Portugal há uns anos. Quase sempre há amigos que acabam por ser arrastados e fazemos uma autêntica comitiva. Outras vezes aproveito para visitar amigos que estão longe e só comunicamos pelo Facebook. Já fiz passeios em estudo nessa época do ano a Braga, Lamego, São João de Tarouca, Carrazeda de Ansiães e uma boa parte das Beiras e Trás-os-Montes…

TG – Tu és de lá de cima.

LM – Sim, fiz a escola primária em Mirandela. Conheço bem Bragança, Chaves, Miranda, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros… Enfim, estar em Trás-os-Montes é estar em casa. Mas como o meu pai era da zona de Moimenta da Beira, a região de Lamego, Tabuaço, Douro e mesmo Viseu são lugares também enraizados na memória que gosto de revisitar. Durante algum tempo andei por ali todos os anos à procura das memórias das famílias que fundaram a nacionalidade. O Vale do Sousa é muito especial, com uma herança românica única. A cidade do Porto também tem muito que se lhe diga.

TG – És tripeiro…

LM – Sou. Não do ponto de vista futebolístico. Não tenho clube. Mas sou do Bonfim, ali sobre Campanhã onde tinha nascido o Mestre Agostinho [da Silva].

TG – Mas essas visitas são em Julho. Ainda estamos em Maio…

LM – Estou a desviar-me! Outro hábito que tenho é comemorar as Luas Cheias de Carneiro – que coincide com a Páscoa, de Touro e de Gémeos. Não é uma questão astrológica, mas sim tradicional. São três momentos muito particulares no ciclo anual. A última coincide muitas vezes com o Pentecostes. Como tenho responsabilidades em algumas organizações de matriz religiosa, a Páscoa é quase sempre comemorada seguindo a liturgia Cristã. E por ser Chanceler Internacional de uma Ordem de inspiração Templária, o Pentecostes é sempre marcado por algum tipo de actividade. Ora, este ano, devido a uma questão de calendário pessoal, que se definiu muito tarde para Maio e tendo-se dado a feliz coincidência de ter terminado o Curso Livre na Universidade Lusófona sobre Templários e Templarismo há poucas semanas e os meus alunos me terem desafiado para lhes guiar uma visita a Tomar, decidi juntar o útil ao muito agradável e, com eles, com o apoio do Instituto Hermético na divulgação e da OSMTHU, fazer um curto ciclo de visitas como costumo fazer em Maio/Junho.

TG – Então esta não é a primeira.

LM – Não. Começámos em Tomar em Abril, apenas para alunos do Curso. Depois aproveitei então o bom tempo e os Domingos, porque estou sempre em Lisboa ao Domingo e marquei uma visita ao Mosteiro dos Jerónimos, esta ao Palácio da Pena e no próximo Domingo à Quinta da Regaleira, com o Luis Fonseca.

TG – E vai haver mais?

LM – De momento penso que não. Não podemos abusar da paciência das pessoas! Penso em associar-me à festa de São João, que também costumamos fazer em Santa Eufêmea, em Sintra em Junho e talvez mais próximo da tal pausa de Julho (se houver este ano!), logo se vê o que programa. Mas não há mais planos de momento.

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TG – Qual é a relação destas visitas com a Ordem dos Templários a que pertences.

LM – Como sabes o Templar Globe é o órgão de divulgação principal da Ordem Internacional. Fui eu que o fundei e é um lugar de troca e publicação de informação credível sobre os Templários – antigos e modernos. Ultrapassámos há muito o milhão e meio de visitas. Por isso faz parte integrante do modo de comunicar da Ordem. Em geral, tudo o que eu faço pessoalmente relacionado com o tema Templários tem a cobertura do Templar Globe que o divulga através dos grupos do Facebook e internacionalmente. As Comendadorias de Sintra e de Lisboa são importantes bases de apoio ao estudo e actividades da Ordem. Deste modo, o que eu faço, divulgo ou publico sobre os Templários é coerente com o que a Ordem faz. Não confessional nem prosélito, no sentido em que não uso publicações e visitas para cooptar ninguém para a Ordem. Pelo contrário. Há sempre pessoas que me perguntam sobre como entrar na Ordem e eu recomendo-lhes sempre que visitem o site oficial e escrevam um mail para lá. O tema não é a Ordem em que eu estou e onde me sinto bem e onde gosto de trabalhar, mas sim os Templários como Ordem histórica e ideário já muito preenchido de mitos e lendas. Não é uma questão de aumentar fileiras. Bem pelo contrário! O que faço – isso sim – é usar os eventos, publicações e visitas para procurar entusiasmar os que as procuram, a estudar por si mesmos, pensar por si mesmos e concluir por si mesmos. E isso é instrução vital para quem esteja numa Ordem Templária, moderna ou antiga. Mas é também fundamental para quem não esteja em Ordem nenhuma! Ou seja, as actividades públicas que faço são coerentes com o que defendo sobre o mundo iniciático e, nesse sentido, são apropriadas para membros das Ordens a que pertenço, das Ordens a que não pertenço e dos que não querem ser membros de Ordem ou Religião alguma. Há momentos para tudo na vida. Seria matar o propósito das visitas fechá-las a um ramo da grande família fraternal ou usá-las para cooptar gente. Sei que os membros da Ordem Templária aproveitam as visitas para aprender. Mas não se esgota aí. O Curso Livre da Lusófona é outra coisa bem diferente.

TG – Não está afiliado à Ordem?

LM – Absolutamente não. Enquanto na Ordem a aproximação ao tema Templário é na perspectiva da Cavalaria Espiritual como um modelo de comportamento e estudo pessoal, com os seus temas, paradoxos, meditações, objectivos, desafios e imperativos de compromisso interior e com o próximo, o Curso na Universidade é académico. Explora a história da Cavalaria, na qual os Templários se inserem, todo o contexto religioso e depois a história dos diversos movimentos que se foram inspirando nos Templários desde o século XIV ao século XX.

TG – Qual é a diferença?

LM – No primeiro caso estuda-se a doutrina com o objectivo de adoptar as ideias e integrá-las num modelo de comportamento pessoal como via de relação com o divino. No segundo estudam-se as ideias, a suas evolução, de onde surgem e que impacto tiveram na história, na arte, na religião. No primeiro caso vivem-se os Mitos. No segundo conhecem-se os Mitos, as suas origens, o seu arquétipo e o modo como Mito é usado para impulsionar vontades e acontecimentos, sem necessidade de os viver ou acreditar no seu “nada que é tudo”.

TG – E os alunos do Curso da Universidade Lusófona não têm expectativas diferentes de cada visita?

LM – O tema é o tema. Cada um percepciona-o como entende. Creio que as expectativas não são goradas, porque nas visitas estão todo o tipo de pessoas. Os meus livros têm leitores de todo o género. Não sou um autor para apenas um grupo como muitos dos meus colegas autores. Alguns só são lidos nos círculos Maçónicos. Outros só são lidos nos círculos de Nova Era. Outros só são lidos entre duas paragens em bombas de gasolina. Outros só são lidos por académicos. Outros por leitores que não se filiam em nada. Eu tenho uma base de leitores que abarca todos estes grupos e grupo nenhum. O mesmo se pode dizer dos que vão às minhas visitas ou conferências. Procuro não ter uma linguagem “confessional” e proselitista. Não estou a recrutar. Não estou mesmo. Deixem-me em paz. Já tenho muito que fazer. Por isso, ao não ter uma “agenda”, ao não querer promover mais do que o livre pensamento e despertar nos outros a mesma paixão sobres os temas ou lugares que eu mesmo tenho, sem ataduras ou molduras doutrinais, tomo os assuntos de modo que cada um que me ouça ou leia possa tirar o que melhor lhe parecer para a sua busca livre. É seguir as palavras que ouvi ao Mestre Agostinho: “o que importa é gostar do que se faz e ser-se contagioso no entusiasmo”. Por isso, creio que os meus alunos não poderão dizer que lhes tentei impingir doutrinas ou códigos e por isso não creio que as expectativas que tivessem possam ter sido goradas. Espero, isso sim, que os tenha motivado e lerem-me e a deitarem fora os meus livros, trocando-os por coisas ainda melhores.

TG – Mas ao seleccionar um tema como a Demanda do Santo Graal para a Pena já é dar um mote doutrinal.

LM – De modo algum. Foi Strauss que disse “Eis o jardim de Klingsor e o Castelo do Santo Graal” quando esteve em Sintra. Isso acontece porque reconheceu o cenário no qual as óperas de Wagner se desenrolam. Curiosamente Parzival de Wagner é de 1882 e o Palácio da Pena de 1840. Quem inspirou o quê? Quem é percursor do quê? Neste caso o que é evidente é que o mesmo tipo de imaginário que inspirou Wagner tinha já inspirado D. Fernando II.  O facto de ambos terem tido contacto com círculos iniciáticos muito próximos pode ajudar a explicar a coincidência. Mas a associação da Demanda à Pena não é uma questão doutrinal. É uma questão de facto.

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TG – Então onde é que o Luis traça a linha limite.

LM – Traço a linha limite na interpretação desses factos. Ao fazer uma visita destas procuro dar aos meus companheiros de tarde uma boa história. Como se nos juntássemos à volta de uma fogueira e partilhássemos aventuras. Nas visitas tento não falar só eu. Também quero ouvir e aprender. Estão ali muitos pares de olhos que conseguem ver o que eu não vejo e sabem o que eu não sei. O que já aprendi nestas visitas! Ui! Eu o que posso dar é o referencial que não se encontra logo disponível. Interesso-me por estes assuntos, sempre os mesmos, há tanto tempo que algumas coisas foram ficando consolidadas. Lá diz o ditado “O Diabo sabe tanto, mais por ser velho do que por ser Diabo”. Ao manter sempre a mesma linha, acabo por ir construindo uma mundividência só minha, concreta e definida, consistente. É essa experiência que devo partilhar, poupando tempo a quem me acompanha, para que disponham logo de dados relevantes para que façam a sua mundividência eles mesmos. Saber, por exemplo, que D. Fernando II era maçon ajuda a entender algumas coisas. Mas saber que ele se filiava numa Maçonaria alemã de raiz ligada à antiga Estrita Observância Templária reformada, ajuda a perceber o seu interesse pelo pintor Nicolas Poussin e as particularidades que se encontram nos pratos de Cifka. A interpretação desses elementos já são outros “quinhentos”, por assim dizer. É aí que eu traço a linha. Se me fizerem perguntas sobre a interpretação, não deixarei de responder, sublinhando que é a minha interpretação. Mas o que encorajo é a que cada um procure saber mais. Toca a “googlar” Cifka, Estrita Observância e Nicolas Poussin. Não me perguntem o que quer dizer. Descubram! O mais difícil está feito.

TG – Foi assim no Mosteiro dos Jerónimos?

LM – Claro. Um livro incontornável é “A História Secreta de Portugal” do António Telmo, onde se faz um primeiro exercício de interpretação de muitos dos elementos iconográficos. Mas eu não vou aos Jerónimos explicar António Telmo. Ele é auto-explicativo. Compra-se o livro, lê-se, até se pode fazer a visita com o livro na mão e temos lá o que pensava António Telmo. O que importa é dizer que não foi só António Telmo que pensou os Jerónimos. Importa chamar a atenção para o trabalho sobre o simbolismo do Manuelino do Paulo Pereira, para o célebre programa que a RTP passou da autoria do Manuel J. Gandra e do António Carlos de Carvalho nos idos dos anos 80, para algumas linhas escritas e particularmente os painéis do Rossio do Mestre Lima de Freitas e, já noutro plano, para todo um acervo mais recente de autores como Eduardo Amarante, Paulo Loução, entre muitos outros. Assim sim. Assim já temos uma base para “navegar” os claustros. Há informação de qualidade, há especulação, há teses distintas. É isso que serve o visitante. Serve-lhe saber onde há-de ir procurar para fazer a sua própria visita e a sua construção simbólica sobre os Jerónimos.

TG – Então não se ficou a saber o que o Luis pensa?

LM – O que o Luis pensa é muito útil ao Luis. Mas é pouco útil a quem quer compreender – no sentido bíblico de circunscrever e apreender – por si. Não quero que venham ver-me fazer sapatos, que eu não sou sapateiro. Quero que, ao explicar os sapatos, alguns saiam das visitas a querer ir experimentar fazer um par! Uma vez ou outra, lá vou dando a minha orientação temática, porque o tema está lá e fala-se pouco dele. Por exemplo, um tema fascinante nos Jerónimos é o dos túmulos vazios. Até D. Sebastião lá está! Eu tenho opinião e conto algumas histórias. Mas o essencial é apontar por onde procurar mais informação e pontos de vista inusitados ou inabituais. Acho que é disso que as pessoas mais gostam. Uma história bem contada é um apontador.

TG – E no Palácio da Pena, que temas costumam passar despercebidos.

LM – Muitos. Mesmo muitos. Tal como com os Jerónimos há uma visão mais ou menos consagrada da Pena que ignora muitos detalhes. E é no detalhe que está o tesouro. Sim, Parque e Palácio estão relacionados com a Demanda do Graal. Mas que Demanda? Há várias versões, várias linhas tradicionais. Qual delas? Que elementos estão ali expressos? E que outras correntes são determinantes para a Pena tal como a conhecemos hoje? Passa-se ao lado de quase tudo. Um tema fulcral, por exemplo, é o de saber se havia ali um Convento ou um Mosteiro. Não é tudo a mesma coisa… Outro tema é conhecer a Ordem Hieronimita, o que poderá surpreender os mais desatentos. Outro ainda, sobre o qual nos debruçámos nesta última visita, é o dos vitrais. Os da Capela são de tal modo importantes que foram feitos logo em 1840, ano do início das obras. Fazem, portanto, parte dos planos iniciais e aquilo que neles se expressa será fundamental – no sentido mesmo de fundação. Mas mesmo a colecção de esparsos reunida no Salão Nobre não é aleatória e apresenta bastas razões para uma reflexão cuidada. É mais um apontador pouco referenciado.

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TG – O que podemos esperar para a Quinta da Regaleira.

LM – Tudo.

TG – Tudo?

LM – Apontadores. O 515 pode ser logo tratado. Basta 1 minuto e está. A questão Maçónica já foi muito bem ponderada pelo José Anes. Mais um par de minutos e fica o apontador. Quase todos os que vão ou já leram, ou podem vir a ler em breve o livro. Outro apontador é o do Manuel Gandra que publicou informação relevante sobre a colecção camoniana de Carvalho Monteiro, agora em Washington. Isso toma mais uns minutos. Noutro plano, naquele espaço não se pode ignorar o trabalho do Victor Adrião, que já estuda a Quinta desde há muitos, muitos anos. Trabalho extenso, documentado e detalhado. Mais um par de minutos. Como é costume não direi nada sobre o autor, mesmo sabendo que não é recíproco! Em menos de 20 minutos os apontadores mais conhecidos estarão dados. Perfeito. Será então hora de por isso tudo numa pastinha, fechar e ver em casa. Porque chegou a hora de, isso sim, fazer o que se deve fazer naquele jardim: passear. Deixar-se levar. Deixar-se encantar. Viver a tarde. Olhar o detalhe, deixar a evocação surgir à superfície do consciente. É um jardim iniciático. Comece-se a iniciação.

Fotos: Sunana Ferreira (c) 2015

Texto: TG (c) 2015

Aula Livre – Visita ao Palácio da Pena

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O Palácio da Pena ergue-se sobre uma rocha escarpada, que é o segundo ponto mais alto da Serra de Sintra. Localiza-se na zona oriental do Parque da Pena, que é necessário percorrer para se chegar à íngreme rampa que o Barão de Eschwege construiu para se aceder à edificação acastelada. O Palácio propriamente dito é constituído por duas alas: o antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo e a ala edificada no século XIX por D. Fernando II. Estas alas estão rodeadas por uma terceira estrutura arquitetónica, em que se fantasia um imaginário castelo de caminhos de ronda com merlões e ameias, torres de vigia, um túnel de acesso e até uma ponte levadiça.

Em 1838 o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento de monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, que tinha sido erguido no topo da Serra de Sintra em 1511 pelo rei D. Manuel I e se encontrava devoluto desde 1834 com a extinção das ordens religiosas. O convento compunha-se do claustro e dependências, da capela, sacristia e torre sineira, que constituem hoje o núcleo norte do Palácio da Pena, ou Palácio Velho.

É um dos mais importantes legados do Portugal simbólico. A propósito do antigo Mosteiro da Pena, do Rei Artista D. Fernando II e da recriação arquitectónica e paisagística da mítica Ilha Secreta dos heróis e da Floresta que cerca o Castelo Inacessível do Santo Graal, iremos conhecer melhor mitos e lendas que enquadram o programa simbólico e o lançam, com força e vigor, em direcção ao futuro. Ao Portugal que falta cumprir, nas palavras de Fernando Pessoa.

A visita terá lugar no dia 24 de Maio, iniciando-se pelas 14h30 e terminando 19.00h, sendo guiada por Luis de Matos (ver: universatil.wordpress.com).

As inscrições são limitadas e devem estar concluídas até dois dias antes da visita por imposições logísticas do próprio Palácio.

A visita tem um custo de 10€ por pessoa + entrada no monumento* (ver preços de admissão ao monumento em: parquesdesintra.pt)

Inscrições prévias: ihshi@mail.com

* para alunos do Curso Livre Templários e Templarismo da Universidade Lusófona, bem como membros da OSMTHU a visita é gratuita e apenas devem pagar a entrada no monumento, contudo DEVEM INSCREVER-SE de modo a garantir a participação.

Lista de Maçons Publicada em Blog – Quando a mediocridade sobe à cabeça

Um dos meus amigos alertou-me para a “Casa das Aranhas” e para a lista de Maçons ali publicada. Fui ver, curioso. “Mais uma denúncia pública dos nossos vícios?”, pensei, sabendo que os tais “vícios” tendem a ser conclusões de detective de fim-de-semana. Não era. Era pior. Um blog indizível de um Muçulmano recém convertido a bater na Maçonaria com todo o tipo assumpções e preconceitos errados. Os nomes publicados são inúmeros e claramente saíram de uma base de dados privada (logo, a sua apropriação, bem como a sua publicação, é crime). O direito à privacidade é um daqueles que este senhor não reconhece. Vou ver se me lembro disso mais tarde.

São estes “impolutos inimigos” que a Maçonaria conseguiu granjear sem ganhar nada com isso. São “virgens ofendidas” sem obra, sem história e sem rosto. No dia em que se lerem o nome dos Grande Portugueses do século 21 eles estrão lá para ouvir e vaiar. Muitos dos Grandes Portugueses terão sido Maçons. Nenhum dos que vaia o foi. A Maçonaria ofende-os porque o mundo os ofende. A sociedade e a ordem ofendem-nos. Os ricos ofendem-nos. Os carros caros ofendem-nos. As casas em Cascais ofendem-nos. Para eles não há mérito que possa ter recompensa, não há talento que possa ser genuíno, não há carreira que se faça sem cunhas ou ajudas indevidas. E tudo isto porque são medíocres idiotas e mal formados que não têm méritos, por isso não têm recompensa, não têm talento, não são genuínos capazes de pensar por si, nem têm carreira ou sequer imaginam poder tê-la sem que cunhas (que não têm) os favorecessem. Não é tanto a questão de ver que a Vera Pereira tinha amigos (e nem deve ser da Maçonaria!), mas de perceberem que eles, este medíocres inqualificáveis, não os têm. Assim, constroem a sua filosofia do mundo: nós estamos na miséria porque os Maçons mandam nisto por detrás das cortinas. Mais valia acordarem e perceberem que eles são as cortinas, eles são os obstáculos a si mesmos. Eles, caro leitor, são a escória que ladra como os cães, constrói um mundo fantasioso em que acreditam com base em parcelas de informação e leituras desconexas e, com base neste chorrilho de lixo mental, despejam das suas imundas bocas e tétricas mãos, condenações extensivas a todos os que possam partilhar de um mundo que não é o deles – confortavelmente inocentes da “corrupção” dos outros, de todos os outros, que passam a vida a mamar na teta do estado. Por eles, era julgamento sumário e pendurar os Maçons por uma corda. Ao estilo do Islâmico Irão. Porque será?

Porque será que estados ditatoriais, confessionais e autocráticos também perseguem os maçons, publicam listas e enforcam quem apanham? O que há de oposto entre tirania e maçonaria, que a tirania teme? O que há de oposto entre Estado Islâmico e maçonaria, que o Estado Islâmico teme? O que há de oposto entre uma autocracia e a maçonaria, que o estado autocrático teme? O que temem a Coreia do Norte, o Irão, a China e Burma, só para citar alguns dos países onde não há maçonaria? O que temem os países onde esta listinha seria a condenação à morte directa dos seus integrantes? A publicação neste blog não é tão persecutória como se a lista fosse só de negros? Ou só de Judeus com acções na banca? Ou só de Chineses com lojas e armazéns de bugigangas em Portugal? Ou só de homossexuais? Não é para evitar este tipo de arbitrariedades que temos um estado de direito, uma democracia, um país soberano e independente, defensor dos direitos dos cidadãos, entre eles o da intimidade e liberdade de associação?

Ora, responder a gente desta, ainda por cima quando o autor do citado blog procura impor argumentos igualmente falaciosos sobre o Islão, os quais se assemelham ao que diz denunciar sobre a Maçonaria, é um exercício inútil. Argumentar com idiotas chapados só faz de nós idiotas chapados. Mas quem pode, com ar sério e sem passar a linha da insanidade, responder a afirmações de estalo como estas: ” A maçonaria é igualmente utilizada por outras sociedades, como os infames Jesuítas e a Sociedade Teosófica para recrutar membros e atingir os seus fins. (sic)”? Ou ainda: ” o seu propósito original- defender os interesses dos maçons em detrimento do resto da população.(sic)”? Ou: ” sendo esta organização um verdadeiro sindicato (sem ter o mérito de lutar pelos direitos dos trabalhadores em geral, sendo limitado a uma profissão) (sic)”? Tudo preciosidades a que a história nunca chegará a fazer jus ao largá-las no caixote-do-lixo de onde saíram (e saem uma vez por outra para assustar o mundo, que gosta desta coisas mais “picantes”).

A citação de Alice Bailey faz-me pensar que o autor tem uma anatomia curiosa, pois só se pode inferir das palavras inspiradas de Baliley as ideias abstrusas que o blog propaga se lermos e digerirmos os livros de Bailey ao contrário. Ou seja se, um vez de os ingerirmos pela boca, os digerirmos no estômago e o expelirmos pelo extremo rectal, a nossa anatomia faça o circuito inverso correspondente à interpretação inversa de tão iluminador texto: se o ingerirmos pelo ânus, o digerirmos no intestino grosso e o expelirmos pela boca. Assim se pode explicar a citação e conclusões escatológicas expressas no texto do blog. E cheira mal que tresanda!

Por isso, nem vou perder tempo a explicar nada ao seu autor, porque até tenho nojo só de pensar onde é que ele vai meter as minhas palavras e o que pode sair do outro lado! De todo o modo, uma luta inteligente, racional e intelectual sobre a Maçonaria está posta de lado, eu não bato em gente desarmada como é o caso do autor do blog. Por outro lado admiro a sua consciência de classe: ele não tem classe nenhuma e temos todos consciência disso. É de homem.

João Silva Jordão (se esse é mesmo o seu nome), os Maçons não dominam o mundo. Não são mais corruptos que a média dos portugueses (onde você se inclui). Não se juntaram para tramar o pais, que já vem estando tramado há muitas décadas. Não é Maçon quem quer, mas quem pode, isso é verdade, por isso não mantenha esperanças, que não vale a pena. Não são eles que decidem empregos, não são eles que mandam nas mais de 300 Câmaras Municipais do país, não são eles que determinam orçamentos e adjudicam obras desnecessárias. Não são eles em quem você vota quando há eleições. De todos os cargos eleitos e de nomeação, que são mais de 1.000, quando se fala de 80 maçons (a maior parte dos quais há muito retirados, tal como os jornais mostraram), falamos de 0,8%. Digo 1.000, mas são milhares. É ver as nomeações e eleições. A realidade dos factos desmente que o país esteja na situação em que está por acção da maçonaria ou dos maçons. Eu sei, eu sei que a realidade não lhe diz nada a si. Entendo perfeitamente.

Percebo pelo seu blog que você tem orgulho em representar os idiotas comuns e os medíocres do nosso país. Tiro-lhe o chapéu, porque eles há muito precisavam de uma figura como a sua que unisse numa só pessoa todas as faltas do colectivo. Gabo-lhe a síntese. Mas a verdade, meu caro, a verdade do mundo real – não a que construiu e quer crer na sua cabeça – é que certas pessoas têm direito a ter certos privilégios. Sim, leu bem. Há pessoas que têm direto a ter certos privilégios. A estas pessoas chamam-se vencedores. Lutam pelo que acreditam e vencem. E como é assim que funciona o mundo, é natural que estes vencedores gostem de se associar, cooperar, discutir, construir, avançar e fazer avançar. Esses vencedores vão-se encontrando em muitos lugares na vida, um deles é a Maçonaria. Eles não mandam por serem Maçons. Não têm poder por serem Maçons. Mandam e têm poder por serem quem são! Vencedores.

A realidade é dura, João Silva Jordão. Continue a escrever as suas crónicas, que rapidamente cairão no esquecimento logo que não seja plataforma para divulgar mais ficheiros de nomes. Acho que encontrou o seu propósito na vida e o seu nicho de pulhice. Olhe que é raro. Continue. Quando as visitas voltarem a ser 5 por dia, lembre-se deste pensamento: até ver como se prestou a divulgar no seu blog a lista de maçons, eu perguntava-me porque é que o Grande Arquitecto tinha criado dedo do meio na mão. Agora, graças a si, já sei.

O Caso da Loja Mozart e as Secretas

Diz a TVI a 3 de Janeiro de 2012:

“Loja Mozart, a mais influente do país”

“As ligações entre a política e a maçonaria foram colocadas em causa esta terça-feira pelas notícias dão conta da supressão de termos ligados à maçonaria «apagados» do relatório das secretas. O PSD já negou que tivesse apagado qualquer referência. A loja maçónica é a Mozart, uma das mais influentes do país.

A loja Mozart é uma das mais poderosas da maçonaria portuguesa. Terá cerca de 70 membros, entre eles estão várias figuras ligadas ao presente e passado dos serviços de informações portugueses como Jorge Silva Carvalho, actualmente quadro na empresa Ongoing.

A loja Mozart 49 integra a chamada maçonaria regular. Está ligada à grande loja legal de Portugal, a segunda corrente maçónica com mais seguidores no país.

A ela pertencem dezenas de membros, tendencialmente de orientação política mais à direita e é considerada uma das mais poderosas e influentes do país.

A Mozart foi criada em 2006 por Paulo Noguês e António Neto da Silva, ex-deputado do PSD.

Dela fazem parte Jorge Silva Carvalho, ex-director do serviço de informações estratégicas da defesa, João Alfaro, outro homem que já esteve ligado ao serviço de informações
Silva Carvalho e João Alfaro integram agora a Ongoing, de Nuno Vasconcellos, também ele membros da Mozart.

Luís Montenegro é outro dos nomes que marca presença na loja, uma presença que não desmentiu quando questionado pelos jornalistas hoje no Parlamento. Os restantes nomes são secretos, mas sabe-se que entre eles estarão mais políticos, juízes, empresários e jornalistas.

Os rituais da Mozart são pouco conhecidos. Apesar das luzes da ribalta aquando do caso Silva Carvalho e da fuga de informações para a Ongoing, a loja é considerada discreta, tanto que não se faz representar nas sessões colectivas da grande loja legal de Portugal.

Os encontros dos seus membros decorrerão em locais variados como hotéis de Lisboa, um edifício do Bairro Alto ou a sede no bairro de Alvalade da própria grande loja legal.”

Estranhamente os Blogs e páginas dedicadas à Maçonaria em Portugal passam este assunto sem uma única referência. Não será assim por aqui, pois um dos motivos que me levou a escrever a “Maçonaria Desvendada – Reconquistar a Tradição” foi precisamente a base verídica deste tipo de notícias.

Escrevi no meu livro:

“A imagem da Maçonaria junto à sociedade civil em alguns países é hoje ruinosa. Devemo-lo a nós mesmos – Maçons – ao aceitarmos no nosso seio homens e organizações a que insistimos em chamar “irmãos” e “maçonaria”, permitindo-lhes “representar” a Ordem. São Lojas, grupos de amigos e grupos de interesse particular, areópagos de negócios escuros, aldrabões sem escrúpulos e tiranos de cátedra que usam a Ordem ciclicamente como um guardanapo reciclável em que limpam as suas nojentas bocas depois de mergulharem os ávidos focinhos numa pocilga de farelos fraternais. Enquanto os verdadeiros Maçons estiverem ausentes, e deixarem que o banquete se faça em seu nome, não podem queixar-se de ser mal entendidos pelos media, de ter o seu nome arrastado pela lama, de ser confundidos com animais e bandidos.”

e

“A pesquisa maçónica para muitos resume-se a saber quem, na obediência, os pode ajudar profissional e pessoalmente. Não é uma pesquisa, é um garimpo.

Há lojas que se encerram em si mesmas por interesses. As dos advogados. As dos professores universitários. As dos famosos e personalidades públicas que não querem que se saiba que estão na Maçonaria (mas que são os primeiros a encher as capas dos jornais cada 5 anos, mais mês, menos mês). Os Irmãos não são todos iguais nem têm todos os mesmos direitos ou o mesmo acesso a exercer os direitos que possam ter sobrado.”

E ainda

“Há Maçons em altos cargos da Administração Pública e do Estado. Há quase sempre Maçons no governo, seja ele qual for. Há Maçons em instituições Financeiras privadas e em grandes empresas. Há Maçons bem colocados em Universidades, na Magistratura, nas polícias e nos jornais. Contam-se pelos dedos as vezes em que a Maçonaria – e não Maçons individuais, agrupados em volta de um “mentor” – ganhou algum tipo de influência ou plataforma para melhor defender os seus princípios com a ascensão social e profissional destes membros. (…) Não posso deixar de olhar os meus recortes de jornal e continuar a ver homens, grupos de homens e projectos de homem como protagonistas das histórias e muito pouca Maçonaria na sua actuação.”

Finalmente

“Não podemos chamar “maçonaria” a tudo o que diz ser Maçonaria.

Mesmo dentro da Maçonaria Tradicional, não há apenas uma Maçonaria. Há várias Maçonarias. E eu, por mim, sinto-me incapaz de defender algumas delas que não têm substância ou razão para conviver no mesmo Templo das outras.

Mais… Para uma boa parte dos chamados Maçons o conceito de iniciação escapa totalmente à sua compreensão.”

Que pena não precisar fazer correcções para a 2ª edição…

A Loja Mozart, como a Loja M..o não deviam existir. Não há Irmãos de primeira e Irmãos de segunda. São erros antigos que já deviam ter sido corrigidos. Enquanto a Maçonaria andar a bricar às “influências” e andar a ser comida analmente pelas Ongoings da vida, não passa de uma mulher de má vida que se deixa enganar porque quer. Com vergonhas destas não admira que se persiga a Maçonaria cada vez mais.

A Maçonaria não é uma sociedade secreta. É uma peneira furada por todos os cantos que acaba sempre com as suas vergonhas nos jornais. Não era já tempo de quem manda nela ter aprendido?

À Procura da Maçonaria em Hollywood

Enquanto estive em Los Angeles a curiosidade moveu-me a procurar traços da Maçonaria na cidade. São muitos. Basta estar atento. Hollywood especialmente tem sido uma cidade onde Maçons empreendedores têm singrado ao longo de décadas. Grande número dos mais antigos donos de estúdios e mesmo actores famosos da época do cinema mudo foram membros da Ordem. Ainda hoje é vulgar a indústria do entertainment premiar os seus melhores no maçónico Shriners Auditorium (incluindo Óscares, Grammys e Emmies). Os Shriners são uma Ordem para-maçónica que está apenas aberta nos Estados Unidos a membros dos graus 32º e 33º do Supremo Conselho Americano. São conhecidos pelos típicos chapéus “fez” e pelas paradas em que se vestem de palhaço para conseguir fundos para os seus Hospitais de queimados. Há quem diga que Ronald McDonald – o palhaço da McDonalds – é de inspiração Shriner. Podem ver uma parada Shriner, por exemplo, no filme de Coppolla “Peggy Sue Got Married”.

Assim, vamos fazer um périplo curto por alguns lugares, Lojas e Maçons famosos do passado e presente, baseando-nos mais em imagens do que em textos, como é hábito na cidade do cinema.

LUGARES

Podemos começar logo em Hollywood Boulevard, mesmo em frente aos famosos Chinese Theatre (famoso pela passadeira vermelha das estreias dos grandes blockbusters) e do Kodak Theatre (muitas vezes lugar dos Óscares e ultimamente de American Idol), em pleno Passeio da Fama, com estrelas de famosos incrustadas no chão. Aqui mesmo temos o teatro onde Jimmi Kimmel (concorrente na ABC do humorista Jay Leno) grava actualmente o seu talk-show diário. A arquitectura exterior não deixa enganos, menos ainda se atentarmos à frase ainda hoje visívek no baixo relevo sobre uma fileira de colunas: “A Maçonaria constrói Templos nos corações dos homens”. Este local, cuja construção terminou em 1921, hoje chamado Capitan Entertainment Centre, que inclui 2 teatros e uma mega-store da Disney, foi um dos primeiros Templos Maçónicos de Hollywood.

Aqui reunia a a RL Hollywood/West-Valley, #355 da Grande Loja da Calofórnia (hoje recolocada umas milhas mais a norte). Foi seu primeiro VM Gilbert Stevenson, proprietário dos férteis campos de limoeiro onde hoje se encontram os teatros mas que reunia na época (1903) numa sala modesta da sua quinta. Acabaria por vender alguns lotes ao Irmão de Loja Charles Toberman – que os historiadores consideram o verdadeiro “pai de Hollywood” – o mesmo que desenvolveu a exploração imobiliária da cidade e mandou colocar nos montes a norte as letras que são hoje um ícone.

O Irmão Toberman (VM da Loja em 1914), acabaria por mandar construir o Teatro Egípcio (na mesma Hollywood Boulevard), o famoso Hollywood Bowl, e o Templo de que falamos, todos de reconhecida inspiração maçónica. Para desenhar o edifício contratou o reconhecido Arquitecto (e Irmão da Loja), John C. Austin, igualmente autor do Shriners Auditorium, do City Hall de Los Angeles e do Griffith Observatory, onde as linhas de inspiração maçónica são também claras, tendo-se tornado ícones reconhecidos internacionalmente.

Teatro Egípcio em Hollywood Boulevard, junto ao Passeio da Fama

Los Angeles City Hall.

O Observatório Griffith

Nos Estados Unidos é vulgar as Lojas serem detentoras quer isoladamente, quer em pequenos grupos, de centros maçónicos com um Templo e diversos serviços associados. Assim se passa em Los Angeles, onde, em vários locais, podemos ver edifícios com traços maçónicos claros.

Uma Loja no Google Maps Street View

Outra

Outra

A Grande Loja da Califórnia em Los Angeles esteve sediada no seguinte edifício.

Antiga sede e museu da Grande Loja da Califórnia em Los Angeles

Detalhe da fachada norte

Lamentavelmente o declínio no número de membros e a crise económica fizeram com que a Maçonaria californiana tivesse de abandonar o edifício e o tenha hoje à venda.

GENTE

Aqui segue uma lista de Maçons do passado e do presente que fizeram nome em Hollywood:

Al Jolson, estrela do primeiro filme sonoro “The Jazz Singer”; Bob Hope, conhecido comediante;  Cecil B. DeMIlle, Realizador de épicos como “10 Mandamentos”, “Ben Hur”, “Cleópatra”, etc.; Douglas Fairbanks, uma das primeiras estrelas do cinema mudo; Branson Pinchot, o conhecido Balki da série “Perfect Strangers” e a mea-estrela Clark Gable.

Don Rickles, comediante (ainda vivo); Harry Houdini, ilusionista; Glenn Ford; Ernest Borgnine; Harpo Marx; Gary Burgoff (ainda vivo), da série M*A*S*H* e mais recentemente cinema; Harold Lloyd, estrela do cinema cómico mudo.

Oliver Hardy (da dupla Bucha e Estica); Roy Rogers; W.C. Fields; Louis Meyer, fundador da MGM; Richard Prayor, comediante; Nat King Cole e Mel Blanc (a voz dos desenhos animados da Warner, incluindo Bugs Bunny).

Michael Richards, o “Kramer” de Seinfeld (ainda vivo); Peter Sellers; Kris Christofferson (ainda vivo); Rip Torn (ainda vivo); Neil Diamond (ainda vivo); Leonard Cohen (ainda vivo); Telly Savalas e John Wayne.

Leonard Cohen é membro activo da Loja Ionic Composit, nº 520 da Grande Loja da California, de que foi VM em 1993. Em 1994 iniciou um retiro num mosteiro Budista e foi ordenado Monge Budista em 1996. Ver: Site da Loja de Leonard Cohen